quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Links interessantes

www.paralisiacerebral.org.br/index.php

www.sarah.br/paginas/doencas/po/p_01_paralisia_cerebral.htm#Anchor-Causa-50219

http://incluindoparaviver.blogspot.com.br/search/label/*Legisla%C3%A7%C3%A3o

http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/124.%20inclus%C3o%20de%20alunos%20com%20paralisia%20cerebral%20no%20ensino%20superior.pdf

Recursos pedagógicos ou tecnológicos

Para dar conta das restrições motoras da criança com paralisia cerebral, deve-se adaptar os espaços da escola para permitir o acesso de uma cadeira de rodas, por exemplo. Na sala de aula o uso de canetas e lápis mais grossos, envoltos em espuma e presos com elástico facilita o controle do aluno. Os papéis devem ser fixados em pranchetas para dar firmeza e as folhas avulsas, nesse caso, são mais recomendáveis que os cadernos. O professor deve escrever com letras grandes e pedir para que o aluno com paralisia cerebral sente-se na frente, se possível, com uma carteira inclinada, para dar mobilidade e facilitar a escrita.

Se o aluno apresentar problemas na fala e na audição, o professor pode providenciar uma prancha de comunicação, para que ele se expresse pela escrita. Caso isso não seja possível, o professor pode preparar cartões com desenhos ou fotos de pessoas e objetos significativos para o aluno, como os pais, os colegas, o professor, diferentes comidas, o abecedário e palavras-chave, como "sim", "não", "sede", "banheiro", "entrar", "sair" etc. Assim, para indicar o que quer ou o que sente, o aluno aponta para as figuras.

Os ambientes computacionais e telemáticos aparecem como nova e privilegiada possibilidade de fornecer um ambiente educacional desafiador, de estímulos e interações que promovam o aprendizado de pessoas com PC.

Um recurso proporcionado pelas novas tecnologias para a autonomia, para o processo de aprendizagem e para a inclusão social da pessoa com necessidades educacionais especiais, são as adaptações de acessibilidade e Tecnologias Assistivas. . Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura. Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa portadora de deficiência.

No Programa Alfa, trabalho de pesquisa que resultou na tese de mestrado em educação do Professor Teófilo Alves Galvão Filho, na UFBA, as TAs utilizadas são classificadas em três grupos:

- Adaptações físicas ou órteses: São todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o computador (exemplos: figuras 1 e 2).


- Adaptações de hardware: São todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e adaptados (exemplo: imagem 3).

- Software especiais de acessibilidade: São os componentes lógicos das TICs quando construídos como Tecnologia Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que possibilitam ou facilitam a interação do aluno portador de deficiência com a máquina (imagem 4).

Porém, existem, infelizmente, outras formas que podem causar o efeito exatamente contrário. Ou seja, a exclusão social, a falta de iniciativa, a passividade e a dependência do aluno. Quando o computador, por exemplo, é “enxertado” dentro de uma prática escolar tradicional, dentro de um modelo "instrucionista", padronizante, que valoriza quase que exclusivamente o repasse de “pacotes de informação” e a memorização, esse computador é normalmente utilizado como uma "máquina de ensinar", com as informações sendo colocadas dentro da máquina, utilizando software "fechados", para que depois sejam repassadas aos alunos, que as recebem e memorizam, de forma passiva, através de tutoriais ou exercícios multimídia, com cores, animações, músicas e outros sons, etc.
Diferentes conteúdos podem ser desenvolvidos através de projetos, com os temas definidos juntos por alunos e professor, mas a partir das necessidades e interesses dos alunos, utilizando os mais variados recursos computacionais abertos, facilmente encontrados e manipulados hoje, quando se construiu e se está inserido em uma cultura de informática.
Com a Internet, existem projetos que, mesmo partindo de um planejamento inicial com objetivos mais ou menos definidos por alunos e professores, com os recursos telemáticos as possibilidades que podem abrir-se durante o caminho são muito amplas, tendendo a extrapolar grupos, espaços físicos e tempos previstos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dica de filme 2

Título original: Gaby: A True Story
Direção: Luis Mandoki
Gênero: Drama
Tempo de duração: 110 minutos
Ano de lançamento: 1987
Sinopse: Gabriela Brimmer nasceu com paralisia cerebral e só conseguia mexer seu pé esquerdo. Ela começou a usar esses movimentos para se comunicar e conseguiu se tornar uma reconhecida escritora e poetisa.


Fonoaudiologia na Paralisia Cerebral


A fonoaudiologia no processo terapêutico de crianças portadoras de PC vai intevir nos aspectos da linguagem, fala, dosórgãos fonoarticulatórios e funções neurovegetativas (deglutição, sucção, mastigação, e respiração), bem como na facilitação postural, aspectos familiares e escolares, levando em conta a forma e o grau (leve, moderada ou severa, de acordo com o nível de locomoção da criança) de manifestação da paralisia cerebral.

Dentro do tratamento fonoaudiológico, cabe ao terapeuta orientar aos pais e/ ou cuidadores sobre o manuseio, postura, posicionamentos facilitadores, maneiras mais adequadas de higienizar e alimentar essas crianças, além das formas de brincar e estimular através das atividades de vida diária.




fonte: Babath K.Uma base neurológica para o tratamento da paralisia cerebral.2 ed. Traduzido por Ana Fátima Rodrigues Alves. São Paulo: Manole;1990

Dica de Filme

Dica de Filme: Meu pé esquerdo


Christy Brown (Daniel Day-Lewis), filho de uma humilde família irlandesa, nasce com uma paralisia cerebral que lhe tira todos os movimentos do corpo, com a exceção do pé esquerdo. Com o controle deste único membro ele torna-se escritor e pintor.

A paralisia cerebral e o tratamento com Botox

Melhor movimentação, maior controle muscular e menos dores. Esses são alguns dos resultados alcançados pelo tratamento com Botox em crianças com paralisia cerebral.

A notícia sobre os resultados do tratamento com Botox abre um manancial de possibilidades e esperanças de melhoria da qualidade de vida para uma população enorme de crianças, uma vez que, no Brasil, estima-se que surjam cerca de 26 mil novos casos de paralisia cerebral a cada ano.

A criança com paralisia cerebral tem dificuldades para adquirir posturas, como firmar a cabeça e sentar-se sozinha, por exemplo. Normalmente, o quadro evolui para uma rigidez excessiva do músculo, a chamada espacidade muscular. A dificuldade de relaxamento muscular, além de causar um quadro de dor e incômodo à criança, torna limitante a rotina diária e implica, a longo prazo, em prejuízos severos ao crescimento e desenvolvimento adequados.

Embora a paralisia cerebral não tenha cura, terapias combinadas têm resultado em ganhos significativos de qualidade de vida e avanços na reabilitação, com destaque para a importância da fisioterapia. Entretanto, os exercícios e as manobras muitas vezes são penosos para as crianças, devido ao quadro de rigidez e dor muscular. Nesse sentido, o tratamento com Botox vem atuar como grande potencializador de condições para que as demais terapias ganhem ritmo e formas mais satisfatórias.

Após um estudo detalhado do quadro do paciente e da extensão do seu problema, o especialista em tratamento com Botox – em geral um Neurologista Infantil com especialização nesta área - irá traçar uma proposta terapêutica para esta criança. Assim, o número, a frequência e o local de aplicações varia de caso a caso.

No tratamento com Botox, a aplicação da toxina é feita através de injeções dadas diretamente nos músculos afetados, o que garante um efeito mais localizado e rápido, quando comparado com os medicamentos orais.

A toxina botulínica é uma substância produzida por uma bactéria chamada Clostridium botulinum, purificada em laboratório. Ele age bloqueando a passagem do impulso nervoso para o músculo e, por isso, leva ao relaxamento muscular.

O tratamento com Botox, portanto, não só é altamente benéfico para um efeito de curto prazo de alívio e bem estar para a criança, como também prepara o terreno para que as manobras de fisioterapia sejam feitas com mais tranquilidade, visando resultados de médio e longo prazo, auxiliando no desenvolvimento daquele indivíduo.

Ao falarmos de tratamento com Botox, estamos falando, consequentemente, tanto de um ganho imediato de qualidade de vida, quanto da abertura de grandes perspectivas de desenvolvimento para as próximas etapas da vida dessa criança. 


fonte:http://www.vitaclinica.com.br/a-paralisia-cerebral-e-o-tratamento-com-botox.php

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Paralisia Cerebral

Principais Limitações da Paralisia Cerebral



As crianças com Paralisia Cerebral têm muitos problemas, nem todos relacionados às lesões cerebrais. Todos eles podem surgir associados ou isoladamente na dependência da forma clínica que a criança apresentar. A seguir relacionamos alguns:

Convulsões – ocorrem em cerca de 30 a 50% dos pacientes. Sua freqüência e os tipos de crise variam conforme a forma clínica. Algumas vezes as crises são raras e de fácil controle medicamentoso, não influindo no prognóstico. Em outros, são freqüentes, ocorrendo várias vezes ao dia e de difícil controle clínico.

Distúrbios da fala – são freqüentes devido não só ao comprometimento motor, o que dificulta a articulação, mas também pelo déficit de audição que pode vir associado.

Deficiências visuais – podem ser encontradas as mais variadas formas possíveis. A mais comum é o estrabismo, mas pode haver catarata, glaucoma, microftalmias e lesões do nervo óptico.

Deficiências auditivas – podem passar despercebidas pela dificuldade diagnóstica em crianças com distúrbios motores e dificuldades de comunicação. São mais comuns em determinados grupos dependentes de certas patologias como a hipebilirrubinemia.

Dificuldades de aprendizagem – por todos os motivos apresentados, essas crianças podem apresentar maior demora na absorção de ensinamentos, necessitando de um acompanhamento pedagógico específico e aprimorado de Educação Especial, numa linguagem adaptada e também com recursos tecnológicos buscando novos meios de comunicação.

Outros – problemas odontológicos, salivação incontrolável, escoliose, contraturas musculares, posturas incorretas, etc.

fonte: http://www.nacpc.org.br/paralisia_principais_problemas.htm

Tratamentos para a Paralesia Cerebral

O tratamento em suas diferentes modalidades envolve profissionais de várias áreas e a família. A PC não tem cura, mas seus efeitos podem ser minimizados. O objetivo principal deve ser promover o maior grau de independência possível.

Estimulação do Neurodesenvolvimento

O principal objetivo é estimular o desenvolvimento de padrões funcionais de movimento através de experiências neurosensoriais. Os estímulos a serem utilizados são selecionados, levando-se em conta as etapas do desenvolvimento e o interesse demonstrado pela criança. Sempre que possível, o programa é desenvolvido através de atividades integradas. Os pais aprendem os exercícios programados e como cuidar da criança em casa. A frequência dos retornos para acompanhamento, reavaliações e reorientações é estabelecida de acordo com as necessidades da criança e da família. 

Atividades Físicas
Atividades físicas bem orientadas promovem o alongamento e o fortalecimento muscular, favorecem melhor desempenho motor e interferem de maneira positiva com relação ao desenvolvimento emocional e social.

Natação, dança, ginástica, futebol, equitação ou outras atividades esportivas são, indiscutivelmente, muito mais benéficas para determinado grupo de crianças do que tratamentos fisioterápicos realizados dentro de um hospital ou centro de reabilitação. 

 Treinamento nas Atividades de Vida Diária 
 

Atividades de vida diária (AVDs) são atividades do dia-a-dia de uma pessoa. As AVDs incluem alimentação, vestuário, higiene, mobilidade, locomoção, comunicação e demais atividades realizadas tanto em casa quanto na vida comunitária (escola, trabalho e lazer).

As crianças com envolvimento motor moderado podem realizar muitas atividades de forma independente, mas o ritmo e a maneira própria de cada uma devem ser respeitados.

Com relação ao vestuário, as roupas devem ser largas, confeccionadas em tecidos leves e fechadas com zíper, velcro ou botões grandes.

Cadeiras especiais, esponjas com cabos alongados ou fixadas nas mãos, fixadores para sabonetes ou frascos de xampu auxiliam o banho. O piso do banheiro deve ser anti-derrapante e as pias e os vasos sanitários, instalados de maneira a serem facilmente alcançados pelas crianças.

Quanto à locomoção, as crianças com envolvimento motor grave necessitam carrinhos especiais ou cadeiras de rodas adaptadas.

O principal objetivo do treinamento nas AVDs é que cada criança alcance seu potencial de realização das diversas atividades.


Meios Alternativos de Comunicação e Locomoção

Muitas crianças com paralisia cerebral, apesar de terem inteligência normal, podem apresentar dificuldades de movimento tão graves que prejudicam a sua capacidade para falar, escrever e andar.

As crianças com tetraplegia espástica ou coreoatetose apresentam dificuldade para articular a palavra - disartria. Muitas delas, apesar de entenderem a linguagem falada, têm grande dificuldade para a comunicação.

Nesses casos, a comunicação só é possível através de gestos, expressões faciais e vocalizações. Em algumas crianças, o envolvimento motor é tão grave que até mesmo a expressão facial ou a linguagem gestual são incompreensíveis.

Atualmente, as pesquisas em engenharia de reabilitação têm procurado cada vez mais utilizar o computador como recurso para o desenvolvimento de equipamentos, interfaces (dispositivos que permitem o acesso aos comandos do computador) e softwares que viabilizam a comunicação e o processo de alfabetização.

Dependendo do grau de envolvimento motor e do déficit de equilíbrio, auxílios para a locomoção, tais como andadores (posterior e anterior), bengalas canadenses, carrinhos ou cadeira de rodas podem ser necessários.


Tratamento da Espasticidade

A espasticidade é a alteração do movimento observada quando os neurônios que controlam a ação muscular são lesados. Os músculos tornam-se tensos e os movimentos voluntários podem ser prejudicados.
Muitos dos tratamentos, hoje disponíveis, estão ainda em nível de pesquisa. Isto porque, a real eficácia e os resultados a longo prazo não foram até o momento demonstrados. Isto faz com que certos tipos de abordagem permaneçam restritas a determinados grupos ou instituições que desenvolvem pesquisas na área médica. Além disso, outros fatores limitantes são o alto custo e principalmente os riscos de alguns meios de tratamento.

Algumas medicações orais podem determinar uma melhora parcial por curtos períodos de tempo em algumas crianças. Mas, além dos efeitos indesejáveis, tais como sonolência, náuseas e vômitos, no caso do baclofen, e sonolência ou quadro de agitação em crianças menores, no caso do diazepan, o que se observa na maioria das vezes é pouca ou nenhuma reposta com relação à redução da espasticidade.


Uso de órteses

As órteses são usadas principalmente com o objetivo de posicionarem melhor um segmento corporal e, desta forma, permitirem uma função melhor.
Na presença de movimentos involuntários, não são recomendadas, porque os movimentos constantes produzem atrito entre a pele e a órtese, causando desconforto e podendo terminar em ferimentos.
As principais indicações para o uso de órteses na PC são: (a) estabilizar articulações no período pós-operatório permitindo a marcha precoce; (b) manter os ganhos de amplitude de movimento articular obtidos após trocas sucessivas de gesso, manipulações ou bloqueios mioneurais; e (c) estabilizar ou melhorar o posicionamento de segmentos corporais com deformidades dinâmicas (não estruturadas) ou pequeno grau de estruturação objetivando melhorar a função.

As órteses somente devem ser prescritas quando o objetivo é melhora da função. Se mal indicadas ou mal confeccionadas, podem trazer prejuízos à criança.




Cirurgias Ortopédicas
A paralisia cerebral é uma condição não progressiva, mas o quadro motor e funcional pode se modificar com o crescimento. Nas crianças espásticas, o desenvolvimento de deformidades articulares é comum, devido ao encurtamento muscular, mas a correção de uma deformidade nem sempre implica melhora funcional.

A espasticidade prejudica o movimento voluntário. A criança está então impedida de se movimentar normalmente e, como ela não se movimenta, o músculo encurta. Quanto mais grave a espasticidade, maior o encurtamento muscular e mais graves as deformidades.
Algumas deformidades podem ser tratadas cirurgicamente, mas se mal indicados, certos procedimentos podem inclusive terminar em perda da capacidade para andar. E esta não é uma situação incomum.

Pai realiza triatlo com filho deficiente.

    


Esta história de amor começou em Winchester, nos EUA, há 43 anos quando Rick foi estrangulado pelo cordão umbilical durante o parto, ficando com uma lesão cerebral e incapacitado de controlar os membros do corpo.

Oitenta e cinco vezes Dick Hoyt empurrou seu filho deficiente, Rick, por 42 quilômetros em maratonas. Oitenta vezes ele não só empurrou seu filho os 42 quilômetros em uma cadeira de rodas, mas também o rebocou por 4 quilômetros em um barquinho enquanto nadava e pedalou 180 quilômetros com ele sentado em um banco no guidão da bicicleta -- tudo isso em um mesmo dia.
Dick também o levou em corridas de esqui, escalou montanhas com ele às costas e chegou a atravessar os Estados Unidos rebocando-o com uma bicicleta. E o que Rick fez por seu pai? Não muito -- exceto salvar sua.vida.

Como previnir a Paralisia Cerebral

Acompanhamento pré-natal regular e boa assistência ao recém-nascido na sala de parto diminuem a possibilidade de certas crianças desenvolverem lesão cerebral permanente.

Todo esforço para que o período gestacional seja o mais saudável possível através da manutenção de uma boa nutrição e da eliminação do uso de álcool, fumo, drogas e medicações sabidamente teratogênicas deve ser feito, pois estas medidas estarão contribuindo para a prevenção de alguns tipos de PC. A rubéola congênita pode ser prevenida se a mulher for vacinada antes de engravidar. Quanto à toxoplasmose materna, medidas de higiene, como não ingerir carnes mal cozidas ou verduras que possam estar contaminadas com fezes de gato são importantes. As gestantes com sorologia positiva devem ser adequadamente tratadas, diminuindo assim os riscos de infecção fetal. A incompatibilidade Rh pode ser facilmente prevenida (vacina anti-Rh+) e identificada.




No período pós-natal, uma das principais causas de PC é o traumatismo crânio-encefálico que pode ser prevenido, em algumas circunstâncias, com o uso de cadeiras de segurança especiais para crianças pequenas, ajustadas nos bancos dos automóveis. Outra causa importante é a anóxia cerebral grave por quase afogamento e o número de crianças com lesão cerebral por quase afogamento em Brasília é relativamente elevado, justificando uma campanha de prevenção. Algumas das infecções cerebrais podem ser prevenidas com vacinas, como por exemplo, contra sarampo e meningite meningogócica.

O que é Paralisia Cerebral?

O termo paralisia cerebral (PC) é usado para definir qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento.

Não é uma doença, mas uma lesão cerebral que ocorre, frequentemente, em crianças antes, durante ou logo após o parto, e quase sempre é resultado da falta de oxigenação no cérebro.

O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.

Os efeitos da paralisia cerebral variam grandemente de pessoa para pessoa. Na forma mais leve, resulta em movimentos descoordenados e controle deficiente das mãos. Na forma mais severa, resulta na falta de controle muscular, afetando os movimentos gerais e a fala. Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta de oxigênio) e traumas de crânio.

Causas:
Dentre as causas pré-natais, além das desordens genéticas, as mais importantes são infecções congênitas (citomegalia, toxoplasmose, rubéola) e hipóxia fetal decorrente de complicações maternas, como no caso das hemorragias. A exposição da mãe a substâncias tóxicas ou agentes teratogênicos tais como radiação, álcool, cocaína e certas medicações principalmente nos primeiros meses de gestação são fatores de risco que têm que ser considerados.

As causas perinatais estão relacionadas principalmente com complicações durante o parto, prematuridade e hiperbilirrubinemia.

As principais causas de paralisia cerebral pós-natal são infecções do sistema nervoso central (meningites e encefalites), traumatismo crânio-encefálico e hipóxia cerebral grave (quase afogamento, convulsões prolongadas e parada cardíaca).



Tipo Clínico: tenta especificar o tipo de alteração de movimento que a criança apresenta:

1- Espástica: Os músculos são muito tensos, o que limita ou impossibilita os movimentos do corpo. A criança é dura.




2- Extrapiramidal: A lesão ocorreu em uma região do cérebro chamada núcleos da base. Os músculos possuem um grau de tensão variável, o que resulta em uma realização de movimentos indesejáveis, involuntários. 


Divide-se em:

2.1- Atetóide: Há variação no grau de tensão dos músculos das extremidades do corpo (em relação aos braços, essa variação ocorre nas mãos), levando à realização de movimentos lentos, contínuos e indesejáveis, que são muito difíceis de dosar e controlar. A criança atetóide tem grande dificuldade de realizar o movimento voluntário e manter a mesma postura por muito tempo;

2.2- Coréico: Há variação no grau de tensão dos músculos das raízes dos membros (em relação ao braço, esta variação ocorre nos ombros), levando à realização de movimentos rápidos e indesejáveis. A criança coréica pode ter dificuldade para realizar o movimento voluntário;

2.3- Distônico: Há um aumento repentino da tensão do músculo, levando à fixação temporária de um segmento do corpo em uma postura extrema; 


3- Atáxico: A lesão ocorreu em uma região do cérebro chamada cerebelo, responsável, entre outras coisas, pelo equilíbrio. Os movimentos são incoordenados e bruscos. Pode haver a presença de certo tremor. A criança atáxica tem dificuldade em manter uma postura parada. É um tipo raro de paralisia cerebral.

Cabe ressaltar que pode haver combinações desses tipos de PC, o que alguns autores chamam de paralisia cerebral mista.


Fonte:Hospital Sarah Kubitschek

Leis que tratam da questão das necessidades especiais

Definições- OMS (Organização Mundial da Saúde)


Pessoa deficiente é a que tem restriçõesde estrutura ou funções corporais que não podem ser superadas pelos meiosnormais que a sociedade oferece (por ex, uma pessoa míope não é deficiente poisóculos ou lentes de contato resolvem suas restrições).
Decreto No 3.298, de 20 de dezembro de 1999
Regulamenta a Lei 7853 de 24/10/1989, que dispõe sobre a Política Nacionalpara a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas deproteção, e dá outras providências.
Alguns aspectos:- O artigo 4º inciso IV dá a seguinte definição para a deficiência mental:IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamenteinferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitaçõesassociadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; e h) trabalho;
  Portanto: Todas as pessoas com Transtorno Global do Desenvolvimento tem deficiência mental, inclusive as sem retardo mental, como as com Síndrome deAsperger (que, portanto, têm os mesmos direitos que as pessoas com autismo).
Art. 10 estabelece que os plano e programas para atender os direitos ediretrizes estabelecidos pela lei devem ser aprovado pelo Conselho Nacional dosDireitos da Pessoa Portadora de Deficiência – CONADE-
Art. 11, 12 estabelecem funções e constituição do CONADE- Art .14 incumbe o Ministério da Justiça, através da Secretaria dos DireitosHumanos, dos assuntos, das atividades e das medidas que se refiram às pessoasportadoras dedeficiência.
 §1º - define as competência da CORDE (Coordenadoria Nacional paraIntegração da Pessoa Portadora de Deficiência)-
Art. 19 – definição de ajudas técnicas-
Art. 20 a 22 – garantem assistência integral para reabilitação-  
Art. 24 – educação-
Art. 30 – direito ao trabalho, mesmo se estiver sob a ajuda da PrevidênciaSocial-

Art. 34 – inserção no mercado de trabalho 


 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dec3298.pdf

Código Civil – informa sobre interdição. 
A interdição total ou parcial pode garantir que um adulto continue a ter direitode pensão dos pais, por exemplo, e também que ele tenha alguém responsável peloseu bem-estar. Pode ser pedida pelos pais ou parentes próximos ou também pelo Ministério Público.
 Art. 3 – define as pessoas absolutamente incapazes – são passíveis de interdição total.
 Art. 4 – define as pessoas relativamente incapazes – são passíveis de interdiçãoparcial, isso é, para alguns atos.
Curador – é a pessoa designada pelo juiz para cuidar dos interesses de um maior incapaz.
Tutor – é a pessoa designada para cuidar dos interesses de menor.
Art. 1767 a 1783 – estabelecem normas para a interdição.
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela/interdição:I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessáriodiscernimento para os atos da vida civil;II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;V - os pródigos.

Estatuto da Criança e Adolescente - Lei 8069/90
Art. 11 - §1º - garante tratamento especializado à criança e adolescente comdeficiência pelo SUS (Sistema Único de Saúde)
Art. 54 - Incluso III – garante educação de preferência na rede regular deensino.
 

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competentepoderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberãotratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade porofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular:II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.
Lei 10.216, de 6 de Abril de 2001
 Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornosmentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Ver Art. 1,2 e 3.
 Lei 9.656/98: Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
 Art. 10 determina que os Planos de Saúde devem atender todas as doenças listadasno CID 10.
 Lei 9.656/98: Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
 Art. 10 determina que os Planos de Saúde devem atender todas as doenças listadasno CID 10.
  8. Resolução CONSU nº 11
 Obriga as operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde aotratamento de todos os transtornos psiquiátricos descritos no CID 10.
Declaração de Salamanca de 1999
 Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Assinada pelo Brasil e que deu origem à política de educação para pessoa com deficiência.

Constituição Federal de 1988: atenção aos seguintes artigos:
 - 24 , inciso XIV- 196, saúde é dever do Estado

- 203, trata da assistência social – pessoas com deficiência cuja família tenharenda menor que ¼ de salário mínimo por membro da família tem direito a umsalário mínimo mensal pago pelo governo. 
 - 205- 208, inciso III (sobre atendimento), 
 §1º e §2º. Remédios constitucionais (formas de conseguir que a Constituição sejarespeitada):- Ação de Inconstitucionalidade por omissão (Art. 102 e 103, §2º)
 - Mandado de injunção (Art. 5, inciso LXXI) – para conseguir que o direito estabelecido pela Constituição seja regulamentado) 
 - Mandado de segurança (Art. 5º LXIX e LXX) – para exigir direito líquido e certo 
 - Mandado de segurança coletivo – pode ser impetrado por partido político,organização sindical, entidade de classe ou associação com mais de um ano – temmais impacto.
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm
 

Pai inventa bota especial para filho com paralisia cerebral

 


Uma história de amor e superação que mais parece um filme de Hoolywood. Um garoto de apenas 13 anos, diagnosticado aos 03 meses de idade com paralisia cerebral, tem o sonho como o de qualquer garoto de sua idade, jogar bola.

Sem medir esforços, seu pai, Alexandre Faleiro, resolveu realizar o sonho de seu filho, e criou um equipamento especial que o ajudou a dar um pontapé para a deficiência e, juntos, provaram que o amor pode tudo.

Fonte: SBT -TV Alterosa - Belo Horizonte

Bem vindos!

 Olá a todos e bem vindos ao nosso blog. A principal intenção deste blog é levar informações e conhecimento a todos sobre o tema: Paralisia Cerebral.

Acompanhem nossas postagens, e participem, pois, teremos muitas informações e conteúdos diversos que vão permitir um maior aprofudamento sobre o tema.

Espero que vocês gostem e aproveitem!